Quando falamos sobre câncer de mama – e isso aplica-se a animais e seres humanos – a palavra chave é: prevenção. O outubro rosa é a maior campanha de conscientização acerca desse tema, e devemos todos ter em mente que a melhor forma de combate é estar atento aos sinais e fazer exames periodicamente.
Quanto aos animais, o meio mais efetivo de prevenção é a castração; sendo que as fêmeas castradas antes do primeiro cio têm menor incidência do tumor,e a cada novo cio as chances de ocorrência vão aumentando.
Para se ter uma idéia do quão efetiva é a castração, quando feita antes do primeiro cio em cadelas, a possibilidade de desenvolvimento de neoplasia cai para 0,05%, e naquelas castradas depois desse período, os dados apontam para 8%.
As neoplasias mamárias têm uma incidência maior em cadelas do que em gatas, com estatísticas que apontam cerca de 45% dos animais podendo apresentar a doença, enquanto no caso das felinas esses números caem para 15%. No entanto, cerca de 50% das neoplasias em cadelas são benignas (resolvem somente com cirurgia), enquanto 80-90% das neoplasias mamárias em gatas são malignas e agressivas (requerendo outros tratamentos além da cirurgia, e com prognóstico mais reservado).
Os tutores devem sempre estar atentos aos sinais de neoplasia mamária nos seus pets. De modo geral, os tumores de mama apresentam nódulos de diversas dimensões, e que podem ser móveis ou não. Outros sintomas que os animais podem apresentar são o inchaço dos membros, dores, mudanças de comportamento, saída de secreção pelas mamas e falta de apetite.
É claro que qualquer um desses sintomas já é motivo para procurar um veterinário para um diagnóstico mais preciso e tratamento mais adequado, afinal estar sempre a par das condições clínicas do seu animal é fundamental para que ele siga tendo uma vida tranquila e saudável.
Os exames para se detectar um possível câncer de mama podem começar sendo feitos em casa mesmo, e por parte do tutor. Apalpar a região das mamas (as cadelas tem 5 pares e as gatas tem 4), onde possivelmente estaria o nódulo, e sempre com movimentos suaves é o primeiro passo para a prevenção. Caso qualquer suspeita seja levantada, é natural que o veterinário encaminhe o animal para outros exames que garantirão um resultado mais profundo.
Esses exames complementares podem ser hemogramas, radiografia, ultrassom, ecocardiograma e eletrocardiograma.
O tratamento da doença institui a remoção do tumor, o lado da cadeia mamária atingida e inclui também a retirada dos linfonodos inguinais e axilares. Após a cirurgia, encaminha-se o material para a biópsia, e então é dado o diagnóstico final. Assim, se a investigação constar um tumor maligno, é dado início à quimioterapia; já nos casos benignos apenas o acompanhamento é o suficiente
Leve seu animal para avaliações frequentes com veterinários!
Prevenção é tudo!